"Entre o branco e o preto existem infinitos tons de cinza"

Esse fim de semana tive pós em Santos e até agora estou tentando descobrir o que exatamente aconteceu nesse módulo... acho que o que mais me impressiona nesse curso (ixi... uma coisa que me impressiona é meio difícil, talvez uma das top 5 coisas que me impressionam, melhor!) é como os finais de semana servem para mim como uma luva, no momento certo! Hoje estou aqui em casa, exausta, morrendo de dor de cabeça, tentando achar o caminhão que me atropelou e feliz da vida por ter caído em cima da estante dos meus valores, bagunçando tudo e tendo que reorganizar um por um.
Bom, dados práticos... o tema do fim de semana foi Ética, e a professora a Lia Diskin, uma jornalista argentina (mas totalmente brasileira, mora aqui há uns 30 anos, se não me engano)e fundadora da Palas Athena, um centro de estudos filosóficos, multidisciplinares, culturais e mais um milhão de coisas legais (http://www.palasathena.org). Nós demos o apelido para ela de Lia Google, tamanha a quantidade de conhecimento que cabia naquele metro e meio de altura. Tirando da internet rápida que ela tem na cabeça, ela falou de ética desde antes de Aristóteles, passando por vários povos em várias épocas, as religiões mais significativas em termos de número de fiéis até misturar tudo na panela e chegar nos dias de hoje, e nos mostrar o tamanho da responsa que é sair por aí falando de cooperação a torto e a direito, sem colocar na receita a liga, que é a ética (traduzindo, o bom e velho bem comum, que não precisa de códigos, de regras, de nada que o limite).
Contei toda essa história comprida (né, mãe?) para chegar à minha luva, que é a frase que eu coloquei no título: como a gente tem a mania e o costume de simplificar as coisas e os conceitos na nossa vida... o certo e o errado, o bom e o mau, o positivo e o negativo... tudo tem dois lados, tudo é relativo... a própria cooperação não é o auge do positivo... vc pode cooperar com coisas injustas! Nos dias antes de ir para Santos, eu estava no auge de pensar no que eu verdadeiramente quero da minha vida... e apesar de tranquila a respeito de algumas decisões que tomei recentemente, achei que precisava ter todas as respostas... quando o que realmente me deixa feliz é ter todas as perguntas!! As coisas não precisam e nem devem ser pretas ou brancas, quando o mais divertido é achar o tom mais bonito de cinza!!
É aquela música do Guilherme: "eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho... como estou feliz quero ver feliz quem andar comigoooo!"... e eu realmente estou muuuito feliz (até comentei com o Xinho na semana passada), e nesse fim de semana eu tive a certeza de esse é um grande objetivo!