quarta-feira, agosto 29, 2007

Mais louco é quem me diz...

Não sei se isso é normal, se acontece com todo mundo ou não... mas eu, em vários momentos da minha vida (ok, talvez não vários, mas alguns) tenho certeza absoluta que estou pirando. De vez. Demência completa, alzheimer precoce, sei lá! Exemplifico:

Tinha hora marcada hoje no dentista. O mesmo dentista que eu vou desde que nasceram meus dentes! E apesar de todo esse tempo, eu não sou das pacientes mais frequentes já que eu tenho completo HORROR a dentista! Com isso, há dois anos e meio eu não ia ao consultório. Mas, depois de uma perseguição implacável do meu dentista, com recados ameaçadores no orkut, ligações para a minha casa e chantagens com a minha família, não tive como escapar! Peguei o carro e fui...

Entrei na garagem e já achei a garagem muito estranha... bem mais apertadinha do que era... caiu a ficha de que fazia muito tempo que eu não ia: tinham reformado toda a garagem! Peguei o ticket e eu lembrava que o porteiro sempre perguntava aonde eu ia e interfonava... nem porteiro tinha! Ninguém perguntou nada, entrei no elevador.

Um dado que eu surpreendentemente lembrava: o conjunto é no primeiro andar. Fui até o primeiro andar e só vi escritórios. Nesse momento eu comecei a desconfiar de que algo estava errado... mas ênfase no COMECEI!

Desci para o térreo para falar com o porteiro. Verdade seja dita: quando eu vi a cara do térreo, já comecei a rir de mim mesma. Alguma coisa estava muito errada. Perguntei para o porteiro se existia algum Dr. Fulano naquele prédio. Ele respondeu:

- ah, tem sim! Inclusive ele interfonou aqui perguntando se vc tinha chegado!

(Porteiros não são o máximo? Acredito agora que eles são enviados lá de cima (ou de lá debaixo) para piorarem qualquer tipo de loucura! Eles são psicólogos ao contrário!). Qualquer dúvida que eu pudesse ter estava tirada! Dr. Fulano ligou e quer saber de mim, afinal, estava 10 minutos atrasada!


- Então qual o conjunto?
- Ah, aí eu não sei não... sou novo aqui. Mas peraí que eu descubro.

**Liga para alguém - sei lá quem - e pergunta qual o conjundo do Dr. Fulano... depois de repetir o nome 10 vezes, finalmente ele desliga o telefone**
- É no 61!

Subi ao sexto andar, e no 61 só escritório... um cara sentado numa mesinha até abriu a porta prá ver se podia ajudar. Mas não... em surtos assim, ninguém pode ajudar! Resolvi, finalmente, ligar para o consultório. Perguntei para a secretária qual era o conjunto... ela respondeu que era no 15! Ahá! Ponto prá mim! Era mesmo no primeiro andar!

O que eu fiz? Voltei ao primeiro andar... não tinha 15... só 11, 12 e 13! Desci no térreo e tive um momento desabafo com o porteiro:

- Moço! Eu estou no prédio errado!!! Não tem nenhum Dr. Fulano aqui!! Acabei de ligar e o conjunto é 15!! Você não disse que ia interfonar?
- É, mas não consegui... deixa eu tentar ligar de novo no 61!
- NÃO, MOÇO. NÃO FAÇA NADA! EU RESOLVO


Decidi fazer a única coisa que se pode/deve fazer quando você surta e depois cai em si: liguei para a minha mãe!

- Mãe! Vim no dentista! Tou no prédio errado! CADÊ O MALDITO DENTISTA??? Me tira da Matrix!

Enquanto eu falava, fui saindo do prédio. Foi só olhar para o lado direito e lá estava: a entrada de garagem tão familiar... a portaria tão visitada... apenas duas casas ao lado.

Pior que nem tive como disfarçar... cheguei 15 minutos atrasada, a secretária sabia, SABIA o que tinha acontecido. Ainda riu da minha história... a risada dos sãos! Pelo menos tinha passado... remoção de tártaro sempre parece algo light, se comparado à sensação de que você deveria estar internada!








P.S. 1 - Sabe o que é pior? Em todos os momentos em que eu não reconhecia o prédio, várias coisas me passavam pela cabeça: "eles reformaram a garagem"... ou "eles dividiram o prédio em dois". Eles. Dividiram. O. Prédio. Em. Dois. Mas nunca a vaga idéia de que eu poderia ter errado de prédio. Não. Eu jamais faria isso!

P.S. 2 - Sentei na sala de espera, rindo de mim mesma (porque pelo menos ainda tenho essa capacidade). Decidi ligar de novo prá minha mãe para deixá-la tranquila. Disquei e ao mesmo tempo que eu tocava lá, tocava o telefone do consultório. Sim, eu liguei pro dentista, na sala de espera do dentista, achando que estava ligando para a minha mãe.

quinta-feira, agosto 23, 2007

O meu sonho é tão real!

Ultimamente eu ando, como diz a minha mãe, sentindo cheiro de leite! Só consigo pensar em neném! Uma loucura! Até porque, há muito pouco tempo, muito pouco mesmo, era exatamente o contrário: eu conseguia pensar em qualquer coisa, menos engravidar! Não cabia um bebê na minha casa nova, toda arrumadinha e decorada, ou na minha rotina de trabalho, ou no meu sono de final de semana. Em compensação, agora já não cabe nenhum outro pensamento na minha cabeça, e nenhum outro sentimento no meu coração.

E foi, literalmente, de um dia para o outro! Eu abri os olhos de manhã e simplesmente estava pronta. Foi um pouco antes da minha viagem para Boston, e eu até disse para o Xinho que já queria começar a tentar na volta. Mas ele, o Grilo Falante da nossa dupla, me convenceu de que quem já esperou até aqui, espera até a Disney.

Enquanto isso eu vou sonhando, de olhos abertos e principalmente de olhos fechados. Primeiro sonhei que estava gravidíssima de uma menina chamada Marina.

No segundo sonho eu já estava no quarto na maternidade com uma bebêzinha loira e de olhos azuis no colo (ufa! nem precisei passar pelo parto). Enquanto eu segurava a filhinha, o Xinho arrumava o quarto para receber as visitas, num dia feliz e de muito sol. Um daqueles sonhos que te deixam feliz o dia seguinte inteiro!

Noite passada foi o terceiro: eu e a minha mãe, já na minha casa, brincando com a neném em cima da minha cama. Mas detalhe: ela chamava Marmela! Pois é, Marmela!

Nem tudo são flores no meu mundo onírico!

segunda-feira, agosto 20, 2007

Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...

Trabalhar com jogos cooperativos, e com a cooperação de uma forma geral é tão maravilhoso, que é bem provável que quem focaliza ou organiza os eventos aprenda mais do que os participantes. Esse final de semana tive essa certeza e mais uma: de que independente do que eu possa fazer na minha vida profissional, não posso e nem quero deixar estes princípios de lado.

Esse final de semana estive em um evento (Circulando Cooperação) em Santo André. Fui acompanhar o pessoal do Projeto Cooperação. As oficinas faziam parte de um evento maior, o 1o Festival Santo André por um Mundo Melhor, dentro da 5a Conferência de Cidadania e Direitos Humanos. Ufa! Muito nome mas é muito bom ver um grupo enorme de pessoas reunidas simplesmente porque querem, de alguma forma, melhorar o mundo. Porque acreditam em uma cultura de paz.

Eram palestras, oficinas sobre Pedagogia da Cooperação, muitas danças circulares, mini festival de jogos ao ar livre num parque maravilhoso, e ainda a organização de um mutirão para construir uma praça para os moradores de uma comunidade carente, com direito à construção coletiva de maquetes. Nem tenho palavras para dizer o quanto foi lindo ver o empenho de pessoas (elas mesmas em situações pessoais já extremamente difíceis) em ajudar o outro.

Às vezes, uns tapinhas simbólicos na cara são realmente necessários...

terça-feira, agosto 14, 2007

Me dê a sua mão...

Quem lê o blog sempre já sabe que estamos em contagem regressiva para uma viagem no fim do ano, mas não sei se contei muitos detalhes. O fato é que vamos para a Disney (sim, de novo... sim, é nosso lugar preferido no mundo todo, queremos casar com a Disney e ter seus filhinhos!). A diferença é que vamos com a nossa turma de amigos (seremos 8) concretizando um sonho que está sendo planejado há mais ou menos uns 5 anos.

Nós adoramos viagens que surgem inesperadas e acontecem rapidamente, mas o melhor de ter uma viagem planejada com muuuita antecedência é que toda a espera vira um grande evento. Nós fazemos reuniões quase mensais para discutir programação e outros detalhes (regadas a churrasco, claro), e ainda participamos de pequenos eventos ligados a isso... no último final de semana, por exemplo, começamos a assistir todos os desenhos da Disney, começando com Branca de Neve, com o intuito de ver 100% até a nossa partida.

Esse fim de semana fomos ao Playcenter para começar a entrar no clima e fazer as inevitáveis comparações... ufa! Cheguei onde eu queria: contar do Playcenter!

Decidimos ir em agosto para aproveitar as Noites do Terror, que sempre apetecem meu marido. Aliás, a gente ia todo ano quando começamos a namorar, mas mesmo assim, a última vez que fomos foi há uns bons 8 anos. Tá tudo diferente! Os brinquedos estão em lugares diferentes, com nomes diferentes. Mas continuam igualmente meio toscos, o que pode ser bom ou ruim, dependendo do seu interesse... quem gosta de emoção, por exemplo, não vai encontrar medo maior do que o de morrer no Evolution vendo as travas meio enferrujadas... e assim por diante!

Ah, e a abertura das Noites do Terror, comandada pelo demônio Nildo, é priceless!!!

Enfim, demos muita risada como sempre, brincamos, enfrentamos filas quilométricas (sem o preço milimétrico), comemos pipoca e algodão doce. Mas teve algo que me deixou meio deprê em relação ao parque: a atitude das pessoas. O chão era um lixo! Tanta coisa jogada! Latinha de cerveja, pacote de salgadinho! Vimos até um pacote de pão de forma no chão de um dos brinquedos!! Inacreditável! As árvores cheias de chiclete mastigado colados! Parecia a parte de baixo das carteiras da minha escola haha... e, claro, milhares de bitucas de cigarro! Até porque, as pessoas fumam sem parar nas filas! Você espera 2 horas para ir na montanha russa, com fumaça de cigarro vinda de todos os lados! Muita lama!

Ou seja, resultado final da nossa "pesquisa acadêmica": brasileiro é triste!

Mas o que nós qué é si divertir! Vejam as fotinhas:

Si dei bem! Peguei um gatinho na entrada do parque!


Nossos Passaportes da Alegria!


O carimbo transparente era bem mais divertido!


Meus mininos!


No Chapéu Mexicano.


Mais de duas horas na fila da montanha russa...


... mas valeu a pena! Olha a cara de alegria do meu bebê!


Me dê a sua mão e vamos juntos ao Playcenter!!!

segunda-feira, agosto 06, 2007

Que eu tou voltando prá casa outra vez!

Sábado foi apresentação das monografias dos alunos da pós em Jogos Cooperativos. Desci para Santos por dois motivos. Primeiro, eu tinha que ir, pois fui co-orientadora de duas monografias e fiz parte das bancas. Segundo, eu queria ir! Tava morrendo de saudades de absolutamente tudo da faculdade: desde o enroladinho de presunto e queijo da cantina, até o tom de verde das paredes da nossa sala de aula.

O dia foi cansativo mas maravilhoso... tinha muita gente da minha turma lá (e de todas as turmas), os coordenadores, alguns professores. É impressionante quantas pessoas foram só para prestigiar, mesmo quem não era orientador ou não conhecia ninguém que ia apresentar. É muito legal isso nesta pós: você quer, por qualquer motivo, estar lá de novo. Reencontrar todo mundo, dançar na mesma roda, conhecer gente nova, tudo é maravilhoso!

Fazer a pós foi uma das melhores coisas que eu já fiz na vida... me ensinou trilhares de coisas, mas mais importante, me fez perceber que eu não era louca ou totalmente anti social por não ter gostado da minha escola e principalmente por ter detestado a minha faculdade! Existem lugares para mim no mundo, mesmo que nem sempre sejam ortodoxos!

E neste momento da minha vida em que eu ando buscando meu lugar profissionalmente, tentando entender minhas escolhas e clarear a cuca para fazer outras, foi muito bom voltar para aquela casa e recuperar meu pique para mais encontros comigo mesma!