quinta-feira, junho 16, 2005

Se eu tivesse a capacidade de resistir à emoção, mas acho que já não a tenho...

Sei que estou precisando urgente atualizar este blógui, e tenho mesmo muito para contar... mas só amanhã... hoje, meu nome é trabalho!

Enquanto isso, vou deixar para vocês um discurso que eu amo, que a Déb achou na net e me mandou... é do meu avôzinho querido, Blota Júnior, o manual ambulante de como falar em público. Uma vez, já aposentado, ele foi entrevistado na Hebe, que ficava insistindo para que ele voltasse à TV. Ela deu até uma caneta de ouro para ele dizendo que ela deveria ser usada quando ele assinasse contrato com alguma emissora... a resposta dele até hoje me arrepia... e arrepia não só pela fonte com muita água a ser bebida, mas também porque lembro que essas inspirações vinham para ele do nada, sem ensaio, sem TP, nada... tanto na rádio, como na TV, como em brindes em casa, como em cartõezinhos de aniversário para esta "princesinha dos olhos verdes" que vos fala:

"Eu diria um pouco poeticamente que, no momento em que estou, a televisão brasileira já não tem tanto interesse na minha participação. O fato é que, com a minha idade, já penetrei no que chamo as doces penumbras de outono. Estou naquele momento em que, no outono, no crepúsculo, as árvores vão perdendo um pouco das suas flores, das suas folhas, mas adormecem muito tranqüilamente, certas de que já cumpriram toda a sua finalidade. Já hospedaram pássaros que nelas fizeram seus ninhos, já floriram e já enfeitaram as paisagens, já deram frutos e, portanto, alimentaram apetites. Enfim, cumpriram dignamente essa missão. As suas raízes estão fundadas. Elas pertencem a essa paisagem e não precisam necessariamente retornar à atividade do passado para se sentirem certas de que um dia na vida puderam e souberam cumprir a sua missão".

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