segunda-feira, abril 10, 2006

A cor do meu batuque tem o toque, tem o som da minha voz!

Fomos (eu e Mammy) quinta de manhã para Manaus (3 horas e meia de avião!)... ficamos hospedadas no Novotel, que fica perto do centro e perto do distrito industrial, um lugarzinho bem feio por sinal... almoçamos no restaurante do próprio hotel e fomos conhecer o lugar do treinamento, checar a estrutura, este tipo de coisa.

Primeiras impressões de Manaus: não conhecemos muito da cidade, mas os lugares que fomos eram muito feios. Tudo tinha uma cara de periferia de São Paulo. Em compensação, as pessoas muito simpáticas! Muito mesmo! Genuinamente! Especialmente os homens (achei as mulheres um pouco mudas, mas pode ser só impressão...).

À noite, fomos até o Hotel Tropical, o maior e mais chiquérrimo de lá, jantar e assistir o show do Boi Bumbá. Aproveitei para experimentar vários pratos típicos: Muqueca de Pirarucu, Filé de Surubim assado com banana pacovã (depois eu descobri que o surubim não é assim tão típico – o caboclo costuma jogar fora porque é peixe de couro e não de escama...), Muqueca de Tambaqui com Castranha da Amazônia feita na folha de bananeira e arroz com Jambu e camarão seco (o Jambu é uma erva bem típica de lá... como era o anestésico usado pelos índios, dizem que pode deixar a boca dormente... a minha não ficou, aliás, achei bem sem gosto...).

O show foi bem divertido... o Boi Bumbá é uma apresentação que acontece o ano todo em Manaus com uma festa máxima em Parintins em junho. São lendas apresentadas com dança e música por dois “bois”: Garantido (que defende a cor vermelha e tem a maior torcida) e Caprichoso (azul). Como bem definiu meu amigo Fernando, é uma mistura de Carnaval com Festa Junina, sendo que todo mundo se veste de índio! Aqui em SP nós tivemos um gostinho desse estilo de música, lembram? “Vermelho, vermelhasso, vermelhusco, vermelhante, vermelhão...”. Poesia pura!

Voltamos para o hotel e nanamos cedo para uma sexta feira puxada...

Acordamos 6h15 e demos treinamento o dia inteiro na Bemol, que é uma cadeia de lojas de departamento (estilo Magazine Luiza) enorme, a maior do norte do país. Falamos principalmente sobre cooperação para os gerentes de lojas e administrativos da empresa, e foi bem legal, só tivemos elogios... agora é só esperarmos os frutos...

A maior aventura aconteceu na hora do almoço... a Bemol fica beeeem no centro da cidade, tipo, na 25 de março manauara! Saímos só as duas para tentar achar um restaurante naquele mundo de gente, e um calor de 40 graus! A gente só conseguia achar umas barraquinhas de sanduíche que com certeza renderiam uma boa temporada no banheiro! Como faz falta ter um McDonalds em cada esquina!! Conseguimos, depois de boas andadas, um restaurante por quilo que pelo menos tinha ar condicionado (recomendado por um taxista) e tentamos a sorte! E tava bem gostosinho, especialmente o creme de Cupuaçu de sobremesa!

No fim da tarde, a Mary (que é nossa “representante” em Manaus, e trabalha na Associação Brasileira de RH de lá) foi nos buscar e fomos para a cafeteria de uma amiga dela (as duas – a Mary e a amiga – figuraças!! Choramos de rir...). Chama Cafeteria do Largo e fica no lugar mais lindo de Manaus: uma praça fechada para carros onde fica o Teatro Amazonas, a Igreja de São José, e várias casinhas antigas que abrigam uns barzinhos. Como as ruas são fechadas, eles colocam as mesas no paralelepípedo, com tudo iluminado, uma delícia! Tem coral, música ao vivo, barraca de Tacacá (prato típico que eu não provei), e até passeio de charrete! Tomamos caipirinha, comemos biju com manteiga de Tucupi e Pirarucu defumado e doce daquela banana pacovã.

Cenas dos próximos capítulos: o sábado!

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