How do you measure a year?

Estou, no momento, sem saber se gosto ou não de mudanças! Totalmente em cima do muro em relação ao assunto, mas claro, bem no meio do furacão! Já dormindo na minha casinha nova, no meio de caixas, malas, araras e alguma poeira... estranhando um pouco mas muito feliz!

Fazendo uma retrospectiva do parto (natural e sem anestesias) que foi a nossa aventura de mudar...

Quinta feira, feriadão, estávamos convencidos de que seria impossível... faltavam muitos ajustes e não queríamos acordar dando de cara com os pedreiros na segunda feira... já tínhamos empacotado boa parte das nossas coisas, mas achamos melhor esperar... relaxamos, passamos o dia sem fazer absolutamente nada, até que, dez horas da noite, depois de um delicioso jantar com os meus pais...

Xinho diz:
E aí? Vamos mudar amanhã?

Sexta foi um tal de encaixota coisas, enrola no plástico bolha, enfia na mala... fui até Osasco com a Debbie comprar arara... Xinho, Fernando, Marcos Paulo, Alvaro e Guto carregando a casa inteira só no muque: mesa, cadeiras, sofá, cama e a TV mais pesada da história! Trocentas viagens da Pompéia para a Lapa e da Lapa para a Pompéia! Uma canseira total e absoluta! Todos mortos, mas mortos juntos!

Descobri alguns detalhes interessantes sobre as minhas coisas! A primeira e mais imporante é que eu tenho mais tralha do que eu supunha! Muito mais! Caixas e caixas de presentes de casamento que nunca usamos! E o mais engraçado é que não são coisas que não gostamos! Pratos lindos, copos maravilhosos, mas que simplesmente não cabiam!

Descobri também que nunca doei todas as roupas que eu separei para doar a última vez que rapei meu armário! Encontrei todas as sacolas escondidas no fundo do roupeiro! Trabalho de mestre da Dona Naildes!

Por fim, constatei que tenho mais sapatos do que eu preciso! Muito mais sapatos do que eu preciso! E que eu não gosto da maioria deles! Nada mais elite wannabe! O triste é que, com apartamento novo, vem a dura realidade de uns 10 anos sem comprar sapatos novos!

Sobre minha dúvida do começo, acho que gosto sim de mudança! Não é nada fácil sair da rotina, não ter mais as facilidades tão à mão por um bom tempo, arrumar tantas coisas, remexer em outras tantas... mas tenho certeza que, em momentos de retrospectiva, contamos nossa vida por momentos e dias exatamente como estes!