sábado, novembro 13, 2004

Floripa - Dia 2

Acordamos umas 8h00, um sol de rachar!! Tomamos um café muito meia boca no hotel e saímos para passear. Como a nossa idéia de vir para Floripa surgiu depois de um papo sobre morar na praia, resolvemos fazer um passeio pelas praias “moráveis” daqui, aquelas que têm vida também no inverno. Minha mãe conversou com um conhecido do meu pai que mora aqui, ele deu algumas dicas e puxamos o carro...

Fizemos um caminho ainda pelo norte, descendo pelo oeste da ilha. Nossa primeira parada foi a praia Ponta das Canas, vizinha da Praia Brava. Bonita, mas bem praia de pescador, muitos barcos na água, canoas enfiadas na areia, redes... demos uma boa andada e chegamos num ponto que as casas já não são no pé da areia, são separadas por um riozinho, parecido com um mangue. Do portão das casas saem umas pontinhas que chegam na areia, é muito engraçado, muito diferente. Este riozinho é todo cercado de verde, um estilo que não tem nada a ver com litoral! Aliás, uma das coisas mais legais de Florianópolis na minha opinião é essa mudança de cenário a cada esquina! Tem praias de todos os tipos, para todos os gostos, com todo tipo de gente, de casas, de vegetação!

Nossa próxima parada foi a praia de Cachoeira do Bom Jesus. Esta já bem mais “morável”, muitas casas e predinhos bem na areia. O mar bem tranqüilo, com umas poucas ondas (apesar da água ser gelada em todo lugar). Depois seguimos para Canasvieiras, que é a praia onde mais gente mora o ano inteiro, bem mais urbana e mais cheia também. É dali que saem os passeios de escuna, então é bem cheia de turistas também. Ao mesmo tempo tem uma estrutura bem maior, um centrinho legal, com supermercado grande, lojinhas, etc. Demos uma passada bem rápida pela Praia Daniela, que também é bem bonitinha no quesito casas para morar. Assim como na Cachoeira do Bom Jesus, as casas são simples mas muito lindas, muito bem cuidadas, bem na areia, muito fofa.

Seguimos para Jurerê. São duas Jurerês, na verdade. A tradicional que é bem feia, bem mais pobre e sem graça, e a Jurerê Internacional, que é exatamente o oposto. É tipo um condomínio totalmente planejado, parece aquelas cidades do interior dos Estados Unidos, nos anos 60: casas enormes, cada uma de uma cor (rosinha, azulzinha, amarelinha...), as ruas formas uns blocos quadradinhos, tem um shoppingzinho ao ar livre, centrinho... mas a praia é bem feia, praticamente não tem areia, é meio de tombo, e o público já é bem mais a turistaiada com cara de Maresias... mas vale a pena conhecer porque é completamente diferente de tudo o que vimos até agora aqui em Floripa.

Fomos almoçar na praia de Sambaqui, que já é completamente diferente de todas as outras, bem no oeste da ilha, bem mais simples, com barquinhos de pesca e muitas gaivotas. Para chegar, temos que pegar um caminho lindo, de paralelepípedo, totalmente verde de um lado e com o mar do outro. Passamos pela praia de Cacupé, cheia de pedras e barcos de pesca, Santo Antonio de Lisboa, com estilo totalmente açoriano, umas casinhas bem antigas, parecendo Portugal mesmo, até chegar a Sambaqui. Ficamos num restaurante chamado Bar das Gaivotas, em umas mesinhas na praia, tomando sol (que não parou de brilhar) e comemos ostra, petisco, casquinha de siri, tudo muuuito bom e muito barato!

Voltamos para o hotel e fomos dar uma volta na praia mas era impossível de ficar! O vento super forte, o mar estava agitado ao extremo, umas ondas gigantescas, lindo de morrer! A maré subiu, praticamente não tinha areia! Ficamos olhando a fúria por um tempo, mas voltamos e demos aquela capotadinha básica.

No fim da tarde fomos para o Centro da cidade conhecer o Shopping Beira Mar (como bons paulistas, não podíamos deixar de ver o shopping). É o maior shopping daqui e (fiquei chocada!) o único cinema!! Cara total de São Paulo, lojas de São Paulo, clima de São Paulo... fomos embora rapidinho! Só passamos numa loja para comprar umas coisinhas e no caixa pedimos uma sugestão de restaurante no centro para a vendedora (porque na Praça de Alimentação estava rolando um show ao vivo de uma cantora doida, fazendo coreografias no meio das mesas, um negócio realmente bizarro!). Ela sugeriu uma cantina chamada La Pergoletta e totalmente sem querer (porque não entendemos direito a explicação dela...) acabamos passando por ela e ficando.

Maravilhosa! A decoração é toda típica italiana, cheia de garrafas e fitas coloridas penduradas no teto, as paredes todas de quadrinhos, flores e plantas como se fosse um jardinzão... comemos muito bem... tem um buffet de antepastos (por quilo) que é dos melhores que eu já comi, e pedimos um prato de massa que deu para nós três e ainda sobrou! Dava vontade de voltar na loja só para agradecer a mulher!

Voltamos lotados de comida, cansados, sonados para capotar no hotel!

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