quinta-feira, março 08, 2007

Estrelas mudam de lugar...

Fui ao Rio de Janeiro trabalhar. Cheguei lá na terça e voltei ontem. Confesso que estava um pouco receosa, com todas as notícias de tiroteios e balas perdidas. Não tem muito como relaxar em situações dessas, a não ser quando pensamos que os cariocas também morriam de medo de vir a Sampa naquela época dos ataques do PCC. E por aqui, vivíamos a nossa vida normalmente.

Sem pensar muito nisso, fui ao aeroporto para o vôo das 9h15 da noite, que se transformou em 11h00. Foi um tal de muda o portão de embarque, pessoal estressado xingando a atendente, falta de informação. E eu, inexplicavelmente, calma. Calmíssima. Passei na livraria, comprei uma revista importada que eu amo e nunca acho nas bancas... comi um pão de batata com catupiry... e quase terminei "O Diabo Veste Prada", in english, que a Suzy me emprestou.

Entrei no avião e o céu estava de brigadeiro! Sem uma única núvem! O que foi uma grande surpresa porque quando eu cheguei no aeroporto estava chovendo. A decolagem foi sensacional... São Paulo à noite, vista de cima, é com certeza uma das coisas mais lindas que existem! Colei a cabeça na janelinha e nem dei espaço prá sentir medo... só uma alegria tranquila de poder parar para prestar atenção neste espetáculo que são as luzes da cidade diminuindo, diminuindo, até a vista parecer de pequenos chips de computador em um fundo preto.

Cheguei no Rio cansada e ainda tinha a jornada de taxi até a Barra. Foi excelente. Ar condicionado na temperatura perfeita... motorista gente fina, sabendo o limite do bate papo e dirigindo com calma... no CD Player, músicas do Roberto Carlos em ritmo de Big Band... e na janela, a paisagem de cartão postal. O atestado de que, sim, o Rio de Janeiro continua lindo!

Acho que a felicidade é mesmo uma colcha de retalhos, costurada sem muito sentido, de momentos simples e ternos como estes...

Um comentário:

Anônimo disse...

E o retalho mais precioso desse patchwork é ter sentido aquela sensação tão reconfortante que te diz que você reconhece a intimidade e o amor da sua filha, enfim, de novo, pra sempre! Estar com você foi como voltar pra casa.E suspirar gostoso como numa tarde sem pressa, com brisa e com mar calmo. Um beijo.